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Conheça a série

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Realizada pela SescTV e produzida pela Elástica Filmes, a série documental Amazônia, Arqueologia da Floresta, dirigida por Tatiana Toffoli, acompanha as escavações da equipe coordenada pelo arqueólogo Eduardo Neves e mostra que a floresta amazônica sempre foi densamente ocupada e transformada por diversos povos antes da chegada dos europeus.
É uma história do Brasil pouco conhecida que merece ser amplamente divulgada!

A série conta com duas temporadas de quatro episódios de aproximadamente 50 minutos cada. A primeira temporada já está disponível,  gratuitamente, na plataforma de streaming SescTV. E a segunda será disponibilizada em 11 de Setembro de 2024. 

Primeira Temporada - Sítio Monte Castelo (RO)

A Primeira Temporada de Amazônia, Arqueologia da Floresta acompanha escavações no sítio arqueológico Monte Castelo, em Rondônia. Em parceria com os moradores da aldeia Palhau, da etnia Tupari, as escavações encontraram vestígios preservados por milênios entre camadas de conchas e terra. São restos de fauna, sementes de plantas, cerâmicas e ossos humanos, indícios de como viviam os povos da Amazônia há 6.000 anos.

Episódio 1 - A terra dos povos

Monte Castelo é um sambaqui fluvial, uma ilha artificial, que foi construído e ocupado a partir de pelo menos 6 mil anos. Localizado na bacia do rio Guaporé, em Rondônia, esse sitio foi escavado pela primeira vez pelo arqueólogo Eurico Miller na década de 80.

Trinta anos mais tarde, foi relocalizado por uma equipe de arqueólogos e as escavações foram retomadas, dando inicio a uma nova etapa de descobertas surpreendentes.

Episódio 2 - Conchas e ossos

Há 4 mil anos o clima da região mudou e novas camadas de conchas e terra foram adicionadas ao sítio. A equipe encontra muitos vestígios de um cemitério datado dessa época. Adornos e uma galhada de veado são encontrados junto aos ossos humanos.

Os arqueólogos acompanham os Tupari até a antiga aldeia do Laranjal, local em que viviam e do qual tiveram que sair por causa da criação da Reserva Biológica do Guaporé, em 1983. 

Episódio 3 - O tabaco e a cerveja

O sudoeste da Amazônia é uma região de grande diversidade natural e talvez por essa razão foi também um importante centro de domesticação de plantas. Os vestígios desse processo de domesticação e cultivo de plantas são encontrados nos sítios arqueológicos da região.

Quando os Tupari abriram a aldeia Palhau, que está localizada sobre um sítio arqueológico, a mandioca dos antigos, usada para fazer chicha, brotou no solo. Muitas espécies aparecem espontaneamente na roça. O milho, por exemplo, cultivado há 6 mil anos, até hoje é plantado pelos Tupari numa demonstração de que o passado e o presente estão profundamente conectados na região. 

Episódio 4 - Cemitério Bacabal

Neste episódio, novos sepultamentos são encontrados. A composição química das conchas que formam o sambaqui Monte Castelo ajudou a preservação de ossos e sementes. Através desses vestígios é possível saber o que os antigos comiam e bebiam.

Os ossos e os dentes humanos, as amostras de solo, as cerâmicas e objetos de pedra nos ajudam a contar a história de ocupação dessa região. 

Segunda Temporada - Sítio Teotônio (RO)

A Segunda Temporada de Amazônia, Arqueologia da Floresta mostra o processo de escavação no sítio de Teotônio, em Rondônia, na  Amazônia, com o objetivo de identificar indícios de antigas ocupações indígenas. Em pedaços de cerâmica, sementes carbonizadas e resíduos microscópicos de amido, ressurge a vida de povos que habitaram o território por milênios,  em contraste com as atuais formas de ocupação da Amazônia, marcadas pela destruição.

O sítio Teotônio foi ocupado por pelo menos sete povos indígenas diferentes ao longo de milhares de anos. Ali foram encontrados os registros mais antigos de terra preta na Amazônia, talvez a melhor evidência de que os povos indígenas modificaram a natureza. Sua localização privilegiada, próximo à cachoeira do Teotônio, no rio Madeira, atraiu  diferentes povos, provavelmente em busca da grande quantidade de peixes disponíveis.

Para a diretora da série, Tatiana Toffoli, um  destaque desta temporada é a presença do indigenista e ecólogo Daniel Cangussu, servidor da FUNAI na Frente de Proteção Etnoambiental Madeira-Purus. “Ele mostra artefatos dos Hi-Merimã, povo que vive em isolamento na região do alto rio Purus, em Lábrea, e faz uma analogia entre a arqueologia e a ciência mateira ao comparar os vestígios deixados por esses povos na floresta com os vestígios encontrados pelos arqueólogos nas escavações”, observa.

Ainda segundo a diretora, o que chama atenção nesta segunda  temporada é que, além de mostrar a descoberta de importantes vestígios arqueológicos no sítio de Teotônio, a série também revela um processo contínuo de destruição da floresta amazônica, que se aproxima de um ponto de não retorno. 

Episódio 1 - Terra preta 

A equipe de arqueólogos coordenada por Eduardo Neves retorna ao sítio Teotônio, próximo à Porto Velho (RO). Neste lugar, foram encontrados vestígios de terra preta com idade  de 5.500 anos. Trata-se da terra preta mais antiga encontrada na Amazônia, um registro deixado pelas populações sedentárias que viviam ali. As cerâmicas escavadas no sítio sugerem grande  diversidade cultural com, pelo menos, sete diferentes povos indígenas ao longo dos milênios.

Episódio 2 - O construtor de ruínas 

A equipe, sempre com o olhar atento da câmera da diretora Tatiana Toffoli, descobre vestígios de cerâmicas polícromas que sugerem um local de consumo de alimentos por povos de origem tupi. Com a chegada dos portugueses começou a política de extermínio dos povos e exploração econômica da região.

Episódio 3 – Berço Tupi 

Conforme as escavações avançam, aparecem evidências de manejo de diversas plantas, inclusive espécies exóticas, em áreas de terra preta profunda. A arqueóloga Laura Furquim e a antropóloga Karen Shiratori levam Eduardo Neves até à aldeia Marmelos, do povo Tenharin, cortada pela Transamazônica.

Episódio 4 – Viver na floresta 

Pelo rio Marmelos, a equipe vai até a roça antiga do cacique João Sena para colher o milho da festa tradicional Tenharin, que lutam contra projetos econômicos que derrubam a  floresta e ameaçam seus parentes que optaram pelo isolamento no território. Os palioecólogos Paulo de Oliveira e Francis Mayle retiram tubos com camadas de sedimento do fundo dos lagos para entender a relação das plantas com as mudanças climáticas nas proximidades do sítio Teotônio.

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